SÃO JOAQUIM - O dia 18 de maio é o dia da luta antimanicomial, a data é nacionalmente comemorada pelo movimento da reforma psiquiátrica, com o fim dos manicômios. Uma nova rede de atendimento e cuidados às pessoas portadoras de sofrimento psíquico grave está sendo estudada para substituir os modelos de manicômios que temos hoje. Em São Joaquim, os casos mais graves são tratados no CAPS - Centro de Atenção Psicossocial.
Segundo Daiane Hugen Tomaz, Assistente Social do CAPS de São Joaquim o movimento antimanicomial “surgiu no país em 1987 a partir do segundo encontro dos trabalhadores em saúde mental. O objetivo deste movimento é a extinção dos manicômios e também os maus tratos aos pacientes com transtorno mental”. Em Santa Catarina ainda existe o IPQ - Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina - que atendente a pessoas que foram abandonadas por suas famílias em Florianópolis, onde cerca de 200 moradores vivem em comunidades terapêuticas.
Em São Joaquim o CAPS visa o tratamento, a reabilitação e o retorno a vida social de seus usuários, priorizando o atendimento dos mesmos junto à família e comunidade, bem como o resgate de sua cidadania. “Os pacientes que são rotulados pela sociedade como incapazes de produzir algo ou viver no meio social, então objetivo é promover a reinserção social tanto na sociedade, quando na comunidade e na sua família”, esclarece a Assistente Social. Uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, psicólogo, médico psiquiatra, estagiários e profissionais de Educação Física trabalham para promover a saúde física, mental e a inclusão.
No CAPS cada paciente tem um tratamento especial, cada caso recebe cuidados especiais, e uma seleção é feita entre os pacientes para diagnosticar melhor o tratamento. “O paciente vem até a sede, é feita uma triagem para saber se o paciente precisa ir ao CAPS diariamente, ou até 12 vezes ao mês, ou ainda apenas ambulatório com médico psiquiátrico” explica Daiane.
Texto: Joana Costa e Wagner Urbano
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